Ivinhema Futebol Clube
Finalistas, Douglas Ricardo e Dall'Astra brigam pelo 2º título Estadual
Ivinhema e Operário definem o campeão de 2025 no próximo domingo (06), às 17h, no Estádio Saraivão.
GLOBO ESPORTE MS
Douglas Ricardo e Leocir Dall'Astra, os comandantes de Ivinhema e Operário, que se enfrentam pela finalíssima do Sul-Mato-Grossense 2025, no próximo domingo (06), às 17h, no Saraivão. Os técnicos já conhecem o sabor de um títulos estadual, de forma mais recente, o operariano Dall'Astra, que é o atual campeão. Já Douglas quer reviver a glória de 2008.
Em casa, o Azulão do Vale precisa tirar a vantagem conquistada pelo alvinegro da capital no jogo de ida. Derrota por 1 a 0, que dá ao adversário o direito do empate para ser campeão.
–"É um jogo muito difícil, né? Vamos fazer o possível, estamos trabalhando muito", disse o técnico.
Nesta edição, o Ivinhema chegou à final com o melhor ataque e a melhor defesa, foram 26 gols marcados e apenas oito sofridos. Em seis partidas, o time perdeu apenas uma vez dentro de casa, na última rodada da 1ª fase, por 3 a 2 para o Costa Rica.
O 1º título
A última vez que o Azulão do Vale levantou o caneco também teve final dividida em dois jogos. Nascido em Ivinhema, Douglas Ricardo assumiu o comando técnico do Clube. Diante do Misto de Três Lagoas, o time abriu as disputas em casa e venceu por 2 a 1, gols de Diego e Fabinho.
No jogo de volta, era necessário apenas um empate, mas Joari e Pablo emplacaram 2 a 0, um resultado para abrilhantar o primeiro título do clube, que terminou ainda com Pablo como artilheiro da temporada, com 22 gols.
"A conquista de 2008 foi uma alegria muito grande! A praça lotada esperando nós, um time que era a grande maioria prata da casa. Tomara Deus que a gente tenha essa alegria novamente", relembrou Douglas.
Com Douglas Ricardo no comando, no ano seguinte o Azulão chegou à final, mas foi superado pelo Naviraiense. Resultado que se repetiu em 2015, desta vez, derrota para o Comercial, que conquistou o 9º título.
Em Mato Grosso do Sul, o técnico já trabalhou com outros times, como Corumbaense e Naviraiense, classificando o Jacaré do Conesul, no ano ado, à 1ª divisão de 2025.
"O futebol mudou de 2008 para cá, então a gente tem que acompanhar essa evolução. As equipes jogam mais compactas, uma série de detalhezinhos, e a gente procurou estar acompanhando essa evolução", enfatizou o técnico campeão.
Para chegar à segunda taça do Sul-Mato-Grossense, Douglas Ricardo vai precisar colocar em campo todas as evoluções que aprendeu ao longo dos anos, além de contar com o apoio da torcida e, claro, com um time que se mostrou sólido ao longo da temporada.
Claro que operaram um grande time, isso é indiscutível, mas a gente tem que fazer o possível para superar. Eu acho que nós, a gente vem,
"Operário é um grande time e a gente tem que fazer o possível para superá-lo. Eles cresceram, principalmente na semifinal. Foi um grande jogo o primeiro da final e vai ser também o segundo. Tomara que aqui a gente consiga superá-los", declarou ao ge MS.
Douglas Ricardo, que foi jogador de futebol, com agens pelo São Paulo, Sport, Alético Paranaense, Botafogo-SP e outros, pode se tornar um ídolo do Ivinhema, mesma sem atuar dentro das quatro linhas.
Como técnico, ele apresentou bons resultado e, cada vez mais, ganha o amor da torcida e da cidade onde nasceu.
"Futebol é a minha vida, né? E não tenha dúvida, a gente conseguindo esse título, pra mim, é um significado muito grande. Estamos batalhando muito pra isso e vamos fazer de tudo pra conseguir".
Aumenta a coleção
Diferente do colega de profissão, Dall'Astra chegou ao futebol Sul-Mato-Grossense em 2023, para comandar o maior campeão do estado. Ele assumiu o Operário nos últimos jogos da Série D do Brasileirão, caindo ainda na 1ª fase, sem nenhuma vitória.
Mesmo sem resultados positivos, a diretoria decidiu manter o técnico para a temporada estadual do ano seguinte. O gaúcho saiu do Bagé e retornou à Campo Grande, para comandar o ano que daria ao Galo o seu 13º título e o primeiro de Dall'Astra.
"Nós tivemos muitos problemas, mas o mais importante é que nós soubemos lidar, resolver e aparar as restas que tinham. Tudo valeu a pena porque nós conquistamos o título", relembrou.
Ainda no formato de grupos, o alvinegro terminou a 1ª fase como líder do Grupo A, com oito pontos de diferença para o vice. Parecia que o caminho até o título seria tranquilo, mas já nas quartas de final veio o susto diante do Ivinhema, classificação nos pênaltis.
Na semifinal, uma recuperação história, contra a Portuguesa o Galo perdia, fora de casa, por 2 a 0, mas conseguiu virar o jogo e sair com a vitória por 3 a 2. A vantagem do empate foi usada no jogo de volta, 0 a 0 nas Moreninhas, assegurando a vaga na final.
Contra o Dourados, a primeira partida terminou em derrota por 1 a 0. Mas, jogando em Campo Grande, diante do torcedor operariano, o Galo fez 3 a 1 e celebrou mais um troféu do Sul-Mato-Grossense.
"Conquistar o título é a cereja do bolo. Tu faz um bolo, espera crescer, trabalha muito, tu embelezas ele e aí quando tu terminou, tu vem e coloca a cereja em cima", disse.
Na trajetória recente, Dall'Astra foi pressionado e questionado pela torcida após o Operário fazer uma 1ª fase oscilante. Em nove jogos, foram cinco vitórias, três derrotas e um único empate, terminando na quarta colocação.
A reconciliação foi selada, de fato, após a classificação para a final. Diante do Pantanal, o atual campeão abriu a disputa com empate em 2 a 2, na volta, conquistou um resultado gigante contra a segunda melhor equipe da competição, 2 a 1 e vaga na final.
"As mudanças são visíveis, né? De comportamento, trabalho, atletas, e isso a gente tem que mudar, até porque as exigências são maiores. Eu mudei muito, não o perfil, mas os direcionamentos com atletas, com comissão técnica. A gente tem que se adaptar o mais rápido possível e achar as soluções", avaliou Dall'Astra.
Para conquistar o bicampeonato, o técnico disse que vai ser preciso mais do que se apoiar na vantagem do empate, diante do time mais consistente no Estadual 2025, o Operário vai precisar brigar por cada bola e ter atenção durante os 90 minutos decisivos.
"Fazer o time ser superior também depende muito da personalidade dos jogadores e acho que o time adquiriu isso ao longo do tempo, uma consistência grande. Esperamos que a gente possa manter isso".
A última vez que o Operário se sagrou bicampeão foi entre os anos de 1996 e 1997, as duas vezes diante do Comercial.
Ivinhema e Operário se enfrentam no próximo domingo (06), no Estádio Saraivão, às 17h.